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Caros leitores, quero salientar que este texto tem como objetivo divulgar e cunhar uma nova expressão em tempos de pandemia da Covid-19. A todo o momento se fala em etiqueta na saúde, que se refere a um conjunto de procedimentos que necessitamos observar e adotar para o enfrentamento desta nova realidade. Um protocolo ao qual estamos nos adaptando e reaprendendo a conviver a partir destas novas medidas em nosso meio social. Acredito que teremos também que fazer isso para com as nossas finanças, o que estou intitulando de "Etiqueta Financeira".
Vamos lá então, o que seria a tal etiqueta financeira? Para pensarmos este conceito é primordial entendermos um pouco o que vem a ser a etiqueta. Trata-se de um conjunto de normas para organizar e padronizar comportamentos de um dado grupo social que teve sua origem na França, no Renascimento. No entanto, reconhece-se que ainda na pré-história os seres humanos tinham aprendido a cooperar e se organizar de maneira a garantir a sobrevivência.
Mas como este pode ser um conceito interessante para a área econômica? É preciso que se adote um conjunto de procedimentos, regras e comportamentos que integrem as necessidades econômicas da população frente a esta nova realidade que a pandemia está trazendo para todos nós, pautados, principalmente, na cooperação, solidariedade, respeito e ajuda aos necessitados. É bom lembrar que esse termo é novo na literatura econômica, portanto totalmente inovador, mas que será a grande tendência a partir de agora. Pois bem, não só as famílias terão que fazer de seu uso, como também as empresas e o governo.
De fato isso vai acontecer pela necessidade de outro modelo social e econômico que passará a existir alicerçado nas necessidades atuais. A ideia consiste em que os custos de vida irão ser alterados, ou seja, alguns consumos de agora serão postergados ou substituídos por outros. Também teremos outras preocupações e, portanto, novos tipos de produtos e serviços serão demandados. Todas as famílias terão que fazer as suas adaptações, bem como as empresas e o poder público.
Quanto às rendas e os tipos de trabalho, pode-se observar que haverá uma mudança significativa. Um detalhe importante é o fato que todos(as) terão que ter uma organização financeira. A palavra planejamento será o cerne das discussões e decisões das empresas, governos e as famílias. Este planejamento deverá ser pautado por esta etiqueta financeira.
Alguns gastos supérfluos serão reavaliados sempre, não impedidos de serem realizados, mas serão feitos com mais prudência e organização. Um exemplo, os clubes de futebol, que aliás vivem uma realidade bastante peculiar em que alguns profissionais têm salários muito acima de outras profissões. Mas que, agora, estão sendo revistos e acordados. Vejamos o caso do Barcelona (Espanha). Os atletas decidiram reduzir as suas rendas em prol do clube e em prol do quadro de funcionários do mesmo. Isso é um bom exemplo de etiqueta financeira. Muitos exemplos surgirão a partir de agora por parte das empresas. Novas negociações de contratos, oportunidades, relações de preço, ofertas ampliadas, estratégias de vendas e etc. O consumidor buscando o mercado mais próximo de sua casa.
Nesta mesma direção, o governo também vai ter que agilizar e acelerar as ações voltadas à parte financeira e cumprir sua parte no que tange à etiqueta financeira. Incentivando e realizando políticas públicas no sentido de auxiliar as famílias e empresas neste momento complicado pela falta da renda. O crédito, hoje, é uma medida de etiqueta. Muito necessário para salvar vidas também.
Enfim, é uma expressão nova, mas que tenho certeza que vai ser compreendida por todos(as) e mais, vai ser aplicada no dia a dia de cada um. Se temos que seguir os protocolos de saúde, como mais limpeza dos espaços de convivência, higiene pessoal etc, também teremos os protocolos financeiros, um novo cuidado com o nosso dinheiro.